Logo após assegurar sua reeleição, o presidente russo Vladimir Putin ordenou um dos mais intensos ataques de mísseis contra a Ucrânia em tempos recentes. Na manhã desta quinta-feira (21), Kiev foi colocada em estado de alerta devido a um ataque aéreo que durou aproximadamente três horas.
Serhiy Popko, chefe da administração militar regional de Kiev, relatou no Telegram que a cidade não enfrentava um ataque de tal magnitude desde a primavera. "Um ataque aéreo extenso e coordenado foi lançado pelo inimigo, utilizando uma combinação de drones e mísseis", disse ele.
Popko informou que as forças de defesa aérea conseguiram neutralizar mais de 20 mísseis e drones russos, mas os destroços resultantes causaram danos significativos a várias propriedades e edificações, além de resultar em fatalidades, embora não tenham sido fornecidos detalhes adicionais.
Este ataque pode ter sido uma resposta de Putin às eleições presidenciais russas, onde ele acusou a Ucrânia de tentar perturbar as eleições. Putin prometeu que Kiev sofreria consequências por suas ações.
Na manhã do ataque, autoridades ucranianas relataram explosões em Kiev, com danos a um jardim de infância, edifícios residenciais e instalações industriais. Carros foram incendiados devido à queda de fragmentos de mísseis, e incêndios foram reportados em uma subestação transformadora e em um edifício comercial no distrito de Podilskyi.
Desde o início da invasão em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou milhares de mísseis e drones contra alvos ucranianos, resultando na morte de centenas de civis, apesar das negações russas de que civis sejam alvos intencionais. Os militares ucranianos afirmam que mais de 8.000 mísseis foram disparados contra a Ucrânia nos dois primeiros anos de guerra, e as sirenes de ataque aéreo soaram mais de 1.020 vezes na capital desde o início do conflito.
