Perspectiva Econômica Brasileira: Estabilidade Apesar das Incertezas Globais

Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica, expressou que o Banco Central e o Ministério da Fazenda estão vigilantes diante das incertezas presentes no cenário econômico mundial, que incluem fatores geopolíticos e climáticos. Ele enfatizou que não é papel do Ministério comentar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), mas observou que os indicadores macroeconômicos indicam uma situação favorável para o Brasil.

Segundo Mello, os números atuais e as projeções de inflação sugerem um ambiente econômico positivo, com a inflação encerrando em 2,6% e caminhando para se estabilizar em torno de 3,5%, alinhando-se com as metas estabelecidas pelo Banco Central.

Contrariando as preocupações, Mello mantém a expectativa de um "pouso suave" para as economias principais e emergentes, prevendo uma desaceleração das atividades econômicas que permitiria uma política monetária mais flexível. Ele reitera que a redução da taxa de juros básica é uma medida que pode coexistir com o controle da inflação.

Na última reunião, o Copom cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual pela sexta vez consecutiva, baixando-a de 11,25% para 10,75% ao ano. O comitê também sinalizou que pretende realizar apenas mais um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião em maio, o que reduziria a taxa para 10,25%.