Taxas elevadas são um dos maiores empecilhos para a economia e deveriam diminuir mais rapidamente, declara Alckmin

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, expressou nesta sexta-feira, 22, que "as taxas de juros altas são um dos grandes obstáculos para a economia". Ele destacou que a diminuição da taxa deveria ocorrer de forma mais rápida.

As taxas estão elevadas, porém estão em declínio, reduzindo 0,5 ponto percentual a cada reunião. Deveria ser mais ágil", disse Alckmin. Estamos iniciando um novo ano com uma perspectiva promissora", observou, salientando a redução do risco país, da taxa de câmbio, do desemprego e da inflação, bem como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

E acrescentou: "A taxa de câmbio - de R$ 5 para R$ 4,90 - está variando minimamente e está vantajosa, favorece a exportação e o turismo."

Alckmin também mencionou que, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 15 anos, a reforma tributária poderá elevar o PIB em 12% devido à eficiência econômica que proporciona. "A reforma fiscal alivia o investimento e a exportação."

Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esteve presente na inauguração do Cápsula, Centro de Inovação Senac-RJ, no centro do Rio de Janeiro.

O espaço disponibilizará laboratórios, estúdios, áreas para prototipagem de serviços, locais de uso coletivo para coworking, salas multiuso e para cursos de extensão, auditório e locais para eventos.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fercomercio-RJ), Antonio de Queiroz Junior, comentou que o Brasil enfrenta um desemprego estrutural, com posições disponíveis e falta de profissionais qualificados para preenchê-las.

Após uma reunião com Alckmin, o executivo relatou que foi debatida a necessidade do visto norte-americano para entrar no Brasil. "Discutimos sobre a isenção do visto americano, que está suspensa até 9 de abril, para podermos avaliar o impacto no turismo", declarou, recordando que os efeitos da medida não puderam ser medidos devido à pandemia de covid-19.