A Petrobras pode ter que deslocar uma sonda de perfuração da Bacia Potiguar em breve, devido à ausência de licenças necessárias para a perfuração de novos poços, informou Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção, nesta quarta-feira (18).
Atualmente, a Petrobras concluiu a perfuração de um poço e está no processo de perfurar um segundo, porém enfrenta a falta de autorizações ambientais para continuar, conforme relatado por Mendes durante a conferência de energia CERAWeek, nos Estados Unidos.
A empresa confirmou em janeiro a presença de hidrocarbonetos no primeiro poço exploratório na Margem Equatorial, Pitu Oeste, mas ainda não determinou a viabilidade econômica da descoberta.
Mendes mencionou que o potencial do segundo poço ainda está sob avaliação.
"Após finalizarmos este poço, é possível que movamos a sonda para o Sudeste, direcionando-a para as bacias de Campos e Santos", comentou ele, destacando que a sonda, por ser um investimento significativo, não pode permanecer inativa enquanto aguarda novas licenças.
A Bacia Potiguar, situada na Margem Equatorial — uma vasta região ao norte do Brasil — é considerada pela Petrobras como uma das áreas mais promissoras para exploração de petróleo e gás.
Segundo Mendes, a Petrobras tem planos de perfurar 16 poços na Margem Equatorial nos próximos cinco anos. No entanto, o processo tem sido retardado pela demora na emissão de licenças pelo Ibama, cujos funcionários estão em greve, impactando os projetos de exploração.
O projeto controverso da Foz do Amazonas, onde a Petrobras busca aprovação do Ibama após um revés no ano anterior, também faz parte da Margem Equatorial.
