Movimentação do Departamento de Justiça dos EUA para Evitar a Proibição do TikTok


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está tomando medidas para prevenir a proibição do TikTok em território americano. A entidade governamental busca agora um pacto que exija que a rede social de origem chinesa concorde em ser adquirida por investidores ou uma empresa dos Estados Unidos.

Conforme relatado pela Bloomberg, encontros confidenciais que ocorrerão em breve entre representantes do governo e senadores decidirão o progresso de uma proposta legislativa que poderia vetar o aplicativo nos EUA. A decisão legislativa é a barreira final para o TikTok continuar a operar livremente na área, seguindo um suporte substancial no Congresso.

O plano do governo é pressionar a ByteDance, a criadora do aplicativo, a entrar em um acordo para se desligar da China. A alegada conexão da empresa com o governo chinês, que poderia levar à transferência de dados dos usuários ou infração de privacidade, é a principal justificativa dos defensores da proibição da plataforma.

Enquanto o governo negocia a venda obrigatória, a ByteDance defende a permanência de seus serviços no país. Em correspondência com o Departamento de Justiça, a empresa nega as acusações de espionagem e monitoramento.

De acordo com o TikTok, a plataforma apenas reúne informações de maneira "habitual" para assegurar seus serviços, similar a outras redes. Diferentemente de seus rivais, não solicita dados pessoais significativos como nome completo, situação empregatícia ou conjugal, nem localização geográfica exata.

A empresa também declara que já armazena dados de usuários americanos em servidores da Oracle, uma empresa dos EUA contratada desde 2022 para gerenciar essa área. "Nenhum estado, incluindo China ou EUA, tem influência sobre o algoritmo do TikTok", enfatiza a ByteDance.

Shou Chew, CEO do TikTok, também começou uma mobilização para conquistar apoio de usuários e legisladores. Ainda não há uma data definida para a votação do projeto no Senado, mas o presidente Joe Biden afirmou que ratificará a legislação se ela for aprovada pela maioria no Congresso.