Ministério da Fazenda Confirma Expectativa de Crescimento do PIB em 2,2% e Inflação de 3,5% para 2024, Projeções indicam um desenvolvimento econômico mais distribuído e aumento do consumo interno

A Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) do Ministério da Fazenda confirmou novamente a estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá um aumento de 2,2% no ano de 2024, conforme divulgado no Boletim Macrofiscal da pasta nesta quinta-feira (21). A inflação também é esperada para se estabilizar em 3,5% até o final do ano.

As projeções foram atualizadas até 13 de março, e o boletim, que é publicado bimestralmente, sugere que o crescimento econômico em 2024 será mais harmonioso, impulsionado pelo progresso de setores cíclicos e pelo aumento do consumo doméstico, diferentemente do crescimento desigual observado em 2023.

Embora as expectativas de crescimento tenham se mantido constantes, houve ajustes nas previsões de PIB por setor. O setor agrícola, que foi um dos pilares do crescimento em 2023, teve sua projeção reduzida de um aumento de 0,5% para uma queda de 1,3%, refletindo principalmente uma diminuição nas expectativas para a colheita de 2024.

Em contrapartida, espera-se que o setor de serviços cresça 2,4% em 2024. A indústria também teve sua previsão de crescimento elevada para 2,5%, com a SPE antecipando um impulso vindo da recuperação da manufatura e da construção civil, o que deve refletir positivamente nos investimentos.

Para 2025, a projeção é de um crescimento ainda maior, de 2,8%. As políticas implementadas pelo governo, incluindo a reforma tributária e as melhorias no sistema financeiro, devem ter um impacto mais significativo no próximo ano, contribuindo para um avanço econômico superior ao de 2024.

No que diz respeito à inflação, a SPE ajustou a previsão de 3,55% para 3,5% em 2024 e de 3% para 3,1% em 2025. As mudanças climáticas, especialmente o fenômeno El Niño, tiveram um impacto menor do que o previsto inicialmente na inflação de alimentos, etanol e tarifas de energia elétrica.

Além disso, os reajustes em itens regulados observados este ano foram menores do que o esperado, destacando-se o licenciamento e emplacamento de veículos e as tarifas de energia.

Contrastando com as projeções da SPE, os economistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus desta semana preveem uma inflação de 3,79% para o final do ano. O relatório foi divulgado na última terça-feira (19).

As expectativas para o crescimento do PIB também divergem das projeções da Fazenda, com os analistas reduzindo a estimativa de crescimento do país de 1,8% para 1,78% na semana anterior, enquanto para 2025 a previsão permaneceu inalterada.