Comparativamente, o Brasil se destaca no cenário global, ocupando a nona posição no ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
“O crescimento do mercado fonográfico brasileiro em 2023 segue superando a média global anunciada pela IFPI em Londres. O Brasil está crescendo além dos 10,2% do mercado global”, destaca Paulo Rosa, presidente da PMB.
“Este avanço é fruto dos investimentos contínuos do setor fonográfico na produção, nos artistas e na promoção e distribuição digital da música nacional gravada”, acrescenta.
Rosa aponta que esse aumento alimenta o mercado de streaming, que liderou o crescimento do setor no ano com um salto de 14,6%, gerando aproximadamente R$ 2,5 bilhões. As plataformas de streaming representam 87,1% do faturamento total da indústria.
Apenas com assinaturas, os serviços de streaming de áudio – como Deezer, Spotify, Apple Music, Youtube Music, Napster e Amazon Music – arrecadaram R$ 1,6 bilhão, um aumento de 21,9% em relação ao ano anterior. No total, as plataformas contam com 22,5 milhões de assinantes pagos (mais de 10% da população brasileira).
Incluindo os usuários que não possuem assinaturas, o número de consumidores sobe para 50 milhões.
“Os dados mostram que há um grande potencial de crescimento para o streaming no país, tanto no modelo de assinatura quanto no suportado por publicidade”, afirma o presidente da PMB.
Apesar do domínio digital, a mídia física ainda ressoa no mercado.
As vendas físicas totalizaram R$ 16 milhões em 2023. Embora representem apenas 0,6% do total da indústria, esse valor é o mais alto desde 2018, com um aumento de 35,2% em relação ao ano anterior.
Impulsionadas pela nostalgia, as vendas de discos de vinil mais que dobraram, com um aumento de 136,2%. Até 2021, CDs e DVDs de shows eram mais vendidos que os vinis.
Com o crescimento em 2023, os vinis geraram R$ 11 milhões para a indústria e se tornaram a mídia física de preferência dos brasileiros.