O lucro líquido quase dobrou para 30 bilhões de yuans (US$ 4,2 bilhões) no ano passado, comparado a 16,6 bilhões de yuans (US$ 2,3 bilhões) em 2022. A empresa, com sede em Shenzhen, operou em um "ambiente externo complexo", enfrentando elevados níveis de inflação global e um abrandamento do crescimento na maioria das principais economias.
A BYD passou a Tesla como líder em vendas de veículos elétricos em todo o planeta nos últimos três meses do ano passado. Durante esse período, a BYD vendeu 525.409 veículos elétricos a bateria (BEVs), em comparação com os 484.507 da Tesla. No total de 2023, a BYD vendeu um recorde de 3,02 milhões de veículos globalmente, um aumento de 62% em relação a 2022. Esse número inclui 1,44 milhão de híbridos plug-in, que a Tesla não vendeu. A montadora de Elon Musk ainda vendeu mais BEVs no ano passado: 1,8 milhão contra 1,57 milhão da BYD.
Comparados com a Tesla, os carros da BYD são mais acessíveis, o que atraiu uma gama mais ampla de compradores. Seu modelo básico é vendido na China por pouco mais de US$ 10 mil, enquanto o carro mais barato da Tesla, um Modelo 3, custa quase US$ 39 mil. No entanto, a intensa concorrência e uma brutal guerra de valor no ano passado impactaram nas margens de lucro de muitas fabricantes de automóveis da chineses, incluindo a BYD. A indústria automobilística do país fez uma margem de lucro média de 5% em 2023, comparada a 5,7% do ano de 2022 e 6,1% de desconto 2021, de acordo com números mais atuais da Associação Chinesa de Automóveis.
Apesar das margens reduzidas, a guerra de preços não parece estar diminuindo. Recentemente, a BYD reduziu o preço inicial de seu EV mais acessível, o hatchback Seagull, em 5%, para 69.800 yuans (US$ 9.670). Outras montadoras chinesas também anunciaram reduções de preços nas últimas semanas, incluindo Geely, Chery e XPeng Motors.
